"9/11 - THE NAUDET BROTHERS DOCUMENTARY"
Quem ainda não assistiu ao documentário "9/11 - The Naudet Brothers Documentary" não deixe de ver, é terrivelmente fantástico. O filme traz imagens feitas antes, durante e depois da tragédia. Vale dizer que o filme tem 1 hora e 44 minutos.
SINOPSE
O material foi registrado por acaso pelos irmãos franceses Jules e Gedeon Naudet, que, ainda em julho, começaram a registrar a rotina de um típico bombeiro norte-americano, acompanhando o dia de treinamento de um novato “virando homem”. Depois de acompanhar durante vários meses a vida do jovem futuro bombeiro, Tony Benetatos, sem que nada de importante acontecesse, por ironia do destino na manhã de 11 de setembro de 2001 eles estavam no lugar certo e na hora certa, sendo os únicos a registrar o início da tragédia, quando o primeiro avião atingiu uma das torres.
O destino, além de colocar os dois documentaristas em meio à loucura, também os separou. Jules tinha ido fazer a cobertura de um singelo vazamento de gás nas ruas, enquanto Gedeon ficava no posto dos bombeiros captando imagens do novato Tony Benetatos. Por golpe desse mesmo destino, o jovem cinegrafista Jules Naudet, menos experiente com a câmera que seu irmão, Gedeon, conseguiu captar a única imagem do primeiro avião colidindo com o World Trade Center, registrando um evento que entraria para a história, daqueles que, em séculos, é possível presenciar uma única vez.
Por instinto ou mero acaso, ao ouvir um forte rugido no céu Jules virou sua câmera com o foco no avião no exato momento de registrar a única imagem existente da primeira aeronave colidindo com o World Trade Center.
Dentro de uma das torres ou fora delas, as imagens dos dois irmãos se buscam o tempo todo. Em seus melhores momentos, as imagens do documentário são caóticas e confusas como a própria vida. Ninguém, nem o aprendiz de cinegrafista nem os bombeiros veteranos, sabe muito bem o que está acontecendo ou o que fazer. O medo está no olhar de todos. Pelas imagens, não se entende nem se tenta explicar nada.
O que há de mais importante e dramático neste documentário não são as palavras nem as imagens. Não há como esquecer a horrível trilha sonora - um barulho ensurdecedor ao fundo que insistia em alertar que corpos caiam como uma chuva macabra. O som da morte. Mas o documentário não traz nenhuma imagem grotesca ou chocante. Em “9/11”, o medo e a correria não podem ser confundidos com a falta de profissionalismo. Os cineastas evitaram mostrar cenas fortes, como pessoas queimadas ou corpos caindo de cima do prédio. O som das quedas sobre o saguão é ainda mais assustador que qualquer imagem sensacionalista. As imagens são preenchidas pela nossa própria imaginação.
O feito mais impressionante de “9/11” é colocar o espectador dentro do WTC no momento em que a primeira torre desaba. Jules estava junto da equipe de bombeiros no saguão de um dos prédios. Vários homens já haviam subido para iniciar o resgate. De repente, o som ao fundo cresce. Desta vez não são mais os corpos que caem, mas o mundo inteiro que está desabando. A primeira torre começa a ruir, a poeira escurece tudo e a pequena luz da câmera do jovem Jules é que indica o único caminho para a fuga. Não se vê nada. A câmera de Gideon registra sua fuga desse inferno e testemunha, sempre "ligada", sua própria luta pela vida.
Na seqüência, começa a correria para encontrar uma saída – o que se vê é apenas poeira e mais poeira, a se perder de vista. Pelas ruas, Jules continua a captar imagens impressionantes.
Ao desligarem suas câmeras para o triste/alegre reencontro (não sabiam o paradeiro do outro), um terceiro cinegrafista registra o momento de lágrimas entre os franceses.
9/11 (The Naudet Brothers Documentary)
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