06 junho 2012


OS NEGROS DEVERIAM TOLERAR ISTO?

WALTER WILLIAMS - professor de Economia na George Mason University

A cada ano, cerca de 7 mil negros são assassinados. 94% das vezes, o assassino é um outro negro. De acordo com a Agência de Estatísticas do Ministério da Justiça dos EUA, entre 1976 e 2001 houve 279.384 negros vítimas de homicídio.

Os 94% significam que 262.627 foram assassinados por outros negros. Embora os negros sejam 13% da população nacional, eles são responsáveis por mais de 50% das vítimas de homicídio. Nacionalmente, a taxa de homicídios entre os negros é seis vezes maior do que a dos brancos e, em algumas cidades, é 22 vezes maior. Além de serem as maiores vítimas de homicídios do país, os negros são também as maiores vítimas de crimes violentos contra a pessoa, como agressão e roubo.

A magnitude desse trágico caos pode ser vista sob outro prisma. De acordo com um estudo do Instituto Tuskegee, entre 1882 e 1968, 3.446 negros foram linchados nas mãos de brancos. O número de negros mortos durante a Guerra da Coréia (3.075), Guerra do Vietnã (7.243) e todas as guerras desde 1980 (8.197) chegam a 18.515, um número que empalidece em comparação com as perdas internas de vidas de negros. É trágico poder dizer que jovens negros têm chances maiores de chegar à vida adulta nos campos de batalhas do Iraque e Afeganistão do que nas ruas da Filadélfia, Chicago, Detroit, Oakland, Newark e outras cidades.

Um assunto muito mais sério é como podemos interpretar o silêncio ensurdecedor a respeito dos assassinatos do dia-a-dia em comunidades negras comparados ao clamor nacional sobre a morte de Trayvon Martin. Tal resposta de políticos, organizações de direitos civis e a mídia convencional poderia ser facilmente interpretada como "negros matando outros negros é de pouca importância, mas é inaceitável que um branco mate um negro."

Há uns poucos líderes dos direitos civis com uma visão diferente. Quando o presidente Barack Obama comentou sobre o caso Trayvon Martin, T. Willard Fair, presidente da Associação Urbana da Região Metropolitana de Miami, disse ao The Daily Caller que "a revolta deveria ser com nós nos matando, com o crime do negro contra o negro". Ele fez uma pergunta retórica: "Você não pensaria que 41 pessoas baleadas (em Chicago) entre as manhãs de sexta e de segunda-feira seria muito mais digno de nota e mereceria muito mais atenção da mídia?" Ex-líder da NAACP (Associação Nacional para o Progresso das Pessoas de Cor), o pastor C.L. Bryant disse que as mobilizações organizadas por Al Sharpton e Jesse Jackson sugerem uma epidemia de "homens brancos matando jovens negros," e acrescenta: "A epidemia é, na verdade, dos crimes de negros contra negros. O maior perigo para as vidas dos jovens negros são os jovens negros."

Não há silêncio apenas a respeito dos crimes de negros contra negros. Há silêncio e encobrimento sobre os ataques racistas de negros contra brancos - por exemplo, os recentes ataques contra dois repórteres do jornal Virginian-Pilot, pegos e espancados por uma multidão de jovens negros. A história não foi sequer noticiada pelo próprio jornal. Em março, uma multidão de negros agrediu, deixou inconsciente e sem roupas além de roubar um turista branco no centro de Baltimore. Grupos de negros têm perambulado pelas ruas de Denver, Chicago, Filadélfia, Nova Yorque, Cleveland, Washington, Los Angeles e outras cidades, atacando brancos sem motivo e fugindo com seus pertences.

Ataques racistas têm ocorrido não apenas contra brancos, mas também asiáticos. Tais ataques incluem o espancamento até a morte de um chinês de 86 anos, a derrubada de uma mulher de 57 anos de uma plataforma de trem, e bater em um chinês de 59 anos no chão - o que o matou. Por anos, estudantes asiáticos em Nova Yorque e na Filadélfia têm sido espancados por seus colegas negros e chamados por termos racistas como "Ei, chinês!" e "E aí, dragon ball!" Mas essa forma de bullying, ao contrário do bullying contra homossexuais, segue anônima e impune.

A demagogia racial, do presidente para baixo, não serve aos melhores interesses de nossa nação, além de ser perigosa. Assim como meu colega Thomas Sowell recentemente colocou: "Se há uma coisa pior do que uma guerra racial unilateral, é uma guerra racial bilateral, especialmente quando uma das raças é varias vezes mais numerosa do que a outra.

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