10 novembro 2006

TODO APOIO À LEI

artigo publicado no Diário Catarinense de 10/11/2006
No texto pelo qual foi condenado pela Justiça, Emir Sader termina assim a sua catilinária contra o senador Bornhausen: “Obrigado por realimentar no povo e na esquerda o ódio à burguesia”. Esta passagem me faz lembrar um sentimento que já me assombrou várias vezes nesses quatro anos: agradecer a Lula “por realimentar no povo e nos democratas o desprezo às esquerdas”.



Os esquerdinhas mais afoitos vão retrucar: “Que povo?, cara pálida, o povo votou no Lula!!!”.
Engano, petralhinhas! Votaram em Lula 46,29% dos eleitores aptos a votar e 53,71% não votaram em Lula. Portanto, nós somos a maioria, 10 milhões a mais do que os que garantiram que Lula fosse “réu-eleito”.
Lula e seu (des)governo estão abrindo os olhos de muita gente que tinha esperança de que “sua raça” fosse capaz de dirigir um país com a complexidade do Brasil. O número de pessoas que anda estudando e reconhecendo as virtudes da liberal-democracia é crescente.
Como sempre acontece quando “essa raça” é questionada, seus aparelhos (CUT, UNE, MST, sindicatos, ONGs) e aparelhados (jornalistas, acadêmicos, intelequituais) estão circulando um abaixo-assinado que condena a decisão da Justiça. Afinal, para “essa raça” todos que comungam do evangelho petista-bolivariano são inimputáveis.
Pois então, nós, a maioria, temos o dever de reagir na mesma moeda. Para isso, basta enviar mensagens de apoio à decisão judicial e, pois, à lei, para o e-mail euapoioalei@pfl.org.br. Não custa lembrar que na frase "A gente vai se ver livre desta raça por, pelo menos, 30 anos" o sentido do vocábulo "raça" é, obviamente, “grupo de pessoas”, como consta de qualquer dicionário.
Não sou catarinense de nascimento nem advogado, mas, caso reunisse essas duas virtudes, entraria com ação contra Sader, pois em seu artiguete há uma ofensa, ou injúria, dirigida a todas as pessoas do Sul, já que ele se refere a Bornhausen como sendo “proveniente de uma região do Brasil em que setores das classes dominantes se consideram de uma raça superior”.

Como diz o jornalista Reinaldo Azevedo, “escolhendo certas lutas, escolhemos em que mundo queremos viver e o que aceitamos para nós mesmos”.

Um comentário:

Orlando Tambosi disse...

Prezado Álvaro,

sugeri em meu blog (http:/otambosi.blogspot.com), há mais de uma semana, que o governador processasse Emir Sader em nome dos catarinenses. Aliás, enviei e-mail ao Gabinete, mas não recebi resposta.

Parabenizo-o por também defender esse ponto de vista. Tomo a liberdade de reproduzir seu artigo em meu blog.

Abraço